Samir Xaud é eleito presidente da CBF e promete mudanças no futebol brasileiro

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem um novo presidente: Samir Xaud. O médico e empresário de 41 anos foi eleito no ultimo domingo (25/5) em pleito realizado na sede da entidade, no Rio de Janeiro. Natural de Boa Vista (RR), Xaud assume o comando da CBF no lugar de Ednaldo Rodrigues, afastado por decisão judicial do desembargador Gabriel Zefiro, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

Candidato único, Xaud foi eleito por aclamação, recebendo 103 dos 141 votos possíveis. O mandato será válido até 2029.

Em seu primeiro pronunciamento como presidente, o novo dirigente anunciou algumas diretrizes de sua gestão. Entre as promessas estão a redução do número de datas para os campeonatos estaduais, que passariam a ter no máximo 11 datas, o combate firme ao racismo no futebol, além de um posicionamento conciliador em relação à polêmica sobre a camisa vermelha da Seleção Brasileira.

Perfil e trajetória

Samir Xaud é médico, com especialização em infectologia e medicina esportiva. Atua também como empresário, sendo proprietário de um centro de saúde e bem-estar com foco em fitness. Até então, era o presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol (FRF), cargo que assumiria oficialmente apenas em 2027, substituindo seu pai, Zeca Xaud, que lidera a entidade há quase quatro décadas. Com a eleição à CBF, Samir precisará abrir mão da presidência da FRF, já que os dois cargos não são acumuláveis.

A eleição contou com a presença de representantes de 20 clubes e 26 federações estaduais. A Federação Paulista de Futebol foi a única ausente.

Apoio a Ancelotti e autonomia na Seleção

Em entrevista exclusiva ao portal Metrópoles, Samir Xaud reforçou a permanência do técnico Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira masculina. O novo presidente afirmou que pretende dar tranquilidade e segurança jurídica ao treinador italiano.

“A gente já tem feito contatos prévios nos bastidores para dar segurança a ele, segurança jurídica. A gente precisa dar autonomia a ele, deixar trabalhar sem interferências externas”, declarou.